Um projeto desenvolvido em todo o Estado pretende mapear diversos aspectos do Rio Grande do Sul. Denominada Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE), a iniciativa obedece à Política Nacional de Meio Ambiente instituída em 1981. A ideia é auxiliar o planejamento econômico estadual, respeitando as peculiaridades, vulnerabilidades e potencialidades de cada região.

A expectativa do projeto é de que haja menos erros de ordem ambiental na hora de direcionar os investimentos, explica a secretária adjunta de Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Sema) Maria Patrícia Möllmann. Para isso, na primeira fase do ZEE foi realizado um inventário com dados disponibilizados por diversas instituições sobre questões como clima, relevo, geologia, solo, recursos hídricos, vegetação e fauna, além de fatores sociológicos e jurídico-institucionais dos municípios gaúchos.

A população também deve ser ouvida no processo. Até o dia 13 de dezembro serão realizadas dez oficinas em cidades estratégicas das zonas demarcadas pelos Conselhos Regionais de Desenvolvimento (Coredes). Na Região Sul o evento será no dia 6 de dezembro em Pelotas. As inscrições podem ser feitas no site bit.ly/zeedp. O momento será dedicado a ouvir os anseios e as contribuições da população.

A longo prazo, o zoneamento deve facilitar os licenciamentos ambientais às instituições que desejarem investir no Estado. "A empresa já vai conhecer as fragilidades e potencialidades da região antes de fazer o projeto do empreendimento", aponta Maria Patrícia. Os erros e impedimentos advindos de um planejamento ambiental mal feito serão drasticamente reduzidos, projeta a secretária adjunta. Diagnosticar gargalos que impeçam o desenvolvimento econômico e garantir a sustentabilidade e a melhoria das condições de vida também são resultados esperados do processo.

No final do zoneamento, uma base de dados com informações bióticas, físicas, socioeconômicas e institucionais recolhidas será montada. Esses conceitos estarão compilados e padronizados em um portal na internet e serão de fácil acesso inclusive para não especialistas. O objetivo é usar os dados para contribuir com o desenvolvimento econômico sustentável do Rio Grande do Sul.